Formiga / MG - quinta-feira, 28 de março de 2024

Câncer de Tireóide



O que é Câncer de tireóide?

É um tipo de tumor maligno que acomete a glândula tireoidiana. Correspondem a menos de 1% de todas as neoplasias malignas e 5% de nódulos tireoidianos detectados ao ultrassom da tireóide. É a neoplasia endócrina mais comum 90%, e também a neoplasia maligna de melhor resposta ao tratamento, dependendo do tipo histológico, só perdendo para o câncer de pele (95% dos paciente apresentam boa resposta ao tratamento). É três a quatro vezes mais freqüente nas mulheres, porém costuma ser mais agressivo nos homens. É mais comum após a sexta década de vida, mas pode aparecer em qualquer idade. A mortalidade é mais baixa em jovens, com piora do prognóstico em pacientes mais idosos.

 

Quais os tipos histológicos e suas incidências?

- Papilífero (70 a 80% dos casos) – carcinoma diferenciado mais freqüente e menos agressivo.

- Folicular (15 a 20% dos casos) – também considerado diferenciado e de bom prognóstico.

- Insular – pobremente diferenciados.

- Medular (5 a 8%) – relaciona com casos genéticos e síndromes endócrinas múltiplas. É mais agressivo.

- Anaplásico (1 a 3%) – são os mais agressivos.

 

Como é feito o diagnóstico dos cânceres de tireóide?

Quando se detecta um nódulo tireoidiano deve ser realizada uma investigação com ultrassonografia. Em caso de nódulos suspeitos ou maiores que 1 cm é necessário a punção aspirativa com agulha fina (PAAF) do nódulo para tentar elucidar suas características histológicas. Conforme o resultado da PAAF ou faz a cirurgia da tireóide para retirar o nódulo e fazer biópsia do mesmo, ou faz acompanhamento ultrassonografico para avaliar o crescimento do nódulo ou aparecimento de características suspeitas. Portanto, a biópsia é o último exame que define se o nódulo é maligno e seu tipo histológico.

 

Como é realizado o tratamento do Câncer de tireóide?

Tudo vai depender do tipo histológico, tamanho, presença de metástase ou não, e a idade do paciente. Às vezes, somente a cirurgia pode ser suficiente para a cura. Em outros há a necessidade de tratamento com iodoradioativo. E nos casos raros do tipo anaplásico pode ser usado radioteratia.

 

Como é realizado o seguimento dos pacientes tratados?

Esses pacientes devem usar hormônio tireoidiano (Levotiroxina) via oral e doses supra-fisiológica para, além que fornecer subsídio tireoidiano ao organismo, suprime a produção do TSH pela hipófise, pois o TSH é um hormônio que estimularia o crescimento do tecido tireoidiano que pode não ter sido totalmente extirpado na cirurgia. A dosagem sérica da substância Tireoglobulina – uma proteína somente produzida pelo tecido tireoidiano nos dá indício se existe remanescente cirúrgico de tecido tireoidiano e se ele está crescendo ou não. Deve ser solicitado periodicamente. Varreduras com cintilografia à base de iodo também devem ser solicitadas de tempo em tempo em alguns casos.

 

 

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