Formiga / MG - quinta-feira, 18 de abril de 2024

Nódulos da tireóide




O que são nódulos da tireóide?

São protuberâncias do tecido tireoideano palpáveis ou identificáveis por exames complementares. Constituem a principal manifestação clínica de uma série de doenças da tireóide, com uma prevalência de aproximadamente 10% na população adulta.

 

Quais são as causas?

As causas para formação de nódulos na tireóide não estão totalmente elucidadas. Sabe-se que pode haver mutações genéticas que favorecem ao aparecimento dos nódulos. Também existe maior incidência de aparecer em membros da mesma família, portanto com relação genética-familiar.

 

Quem está em risco para desenvolver nódulos tireoideanos?

Mulheres;

Maiores de 40 anos, principalmente acima de 60 anos;  

Histórico familiar de nódulos na tireóide;

Portadores de nódulos tireoidianos prévios;

Pessoas mais expostas à radiação, principalmente na região cervical.

 

O que sente o portador de um nódulo tireoidiano?

A maioria dos nódulos não traz sintomas, e os pacientes o descobre por acaso (palpando o pescoço ou através de exames de imagem da região cervical). Raramente, alguns pacientes queixam-se de dor de garganta, no maxilar ou no ouvido. O sinal mais comum é de uma elevação nodular no pescoço que progressivamente aumenta de tamanho ou é percebida por familiares, amigos ou por um médico, durante consulta para tratamento de outro distúrbio não relacionado com o nódulo.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

Deve ser feita uma consulta médica com um Endocrinologista. Ele fará uma anamnese e exame físico detalhados, seguidos de exames complementares que forem indicados para cada caso, como dosagem de hormônios tireoideanos, ultrassonografia da tireóide,  punção biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF), mapeamento da tireóide com iodo radiativo, tomografia axial computadorizada e ressonância magnética da tireóide, dentre outros se necessário.

 

Quais os tipos de nódulos existentes?

Os nódulos tireoideanos são classificados em benignos e malignos. O melhor exame para verificar se um nódulo é benigno ou maligno é a punção biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF).

O nódulos benignos são os adenomas foliculares, cistos, bócio colóide e tireoidites (inflamações na tireóide).

Os nódulos malignos são classificados em bem diferenciados (menos agressivos) e pouco diferenciados (com maior agressividade). 

Os carcinomas diferenciados respondem por 90% dos casos de todas as neoplasias malignas da tireóide. A maioria dos pacientes com carcinoma diferenciado apresenta, geralmente, um bom prognóstico quando tratada adequadamente.

 

Por que devo procurar um médico especialista se for detectado um nódulo na minha tireóide?

É importante a investigação de todo nódulo tireoidiano, pois 5% desses nódulos podem ser malignos quando tratados em tempo hábil às chances de cura são altíssimas.

 

Quem possui maior chance de ter nódulos tireoidianos malignos?

Se uma pessoa tem um nódulo de tireóide, a probabilidade dele ser um tumor maligno é maior em:

Nódulos que apresentam crescimento rápido;

Nódulos endurecidos e que estão fixos a estruturas subjacentes;

Idosos (idade maior do que 60 anos)

Pacientes do sexo masculino (17% contra 8% nas mulheres);

Pacientes que receberam irradiação anterior na região da cabeça ou do pescoço (Ex: acidente de Goiânia ou Radioterapia para tratamento de outros tumores);

Portadores de tumores que levam à paralisia de corda vocal;

Portadores de gânglios linfáticos aumentados na região cervical (região do pescoço);

Pessoas com histórico familiar de câncer de tireóide ou Neoplasia Endócrina Múltipla.

 

Quem tem maior número de nódulos na tireóide tem propensão maior de ter câncer de tireóde?

Não importa o número de nódulos que se tenha na glândula tireoidiana, e sim as características desses nódulos ao ultrassom e à citologia da PAAF.

 

Como é feito o tratamento para os nódulos tireoidianos?

Não existem medicamentos para o tratamento de nódulos tireoidianos. Ou faz-se cirurgia para retirada do nódulo ou apenas o acompanha. Tudo vai depender das características ultrassonagráficas do nódulo ou da citologia na PAAF.

Pacientes com nódulos com características benignas ao ultrassom e/ou com citologia benigna à PAAF devem ser acompanhados a intervalos regulares, com exame ultrassonografia do nódulo pelo menos a cada seis meses inicialmente, e que podem ser ampliados com o passar o tempo. Esse acompanhamente é importante porque caso haja um crescimento rápido do nódulo e modificações expressivas das características ultrassonográficas, mesmo a PAAF sendo benigna, faz-se necessário a cirurgia de retirada do nódulo.

Caso a PAAF seja positiva para malignidade, a cirurgia está indicada. O tipo de cirurgia recomendada deve ser criteriosamente avaliada por um médico.


Quando um nódulo não é tratado, o que pode acontecer?

Pode haver um crescimento progressivo do nódulo com conseqüente compressão das estruturas profundas do pescoço, levando a sintomas de acordo com a estrutura comprimida:

Traquéia:  falta de ar e tosse seca

Esôfago: dificuldade para engolir

Nervos laríngeos: rouquidão

Um nódulo maligno não tratado pode levar ao aparecimento de metástases à distância. Ou seja, disseminação do tumor para outros órgãos. Quando existem metástases, os sítios mais comuns são gânglios linfáticos cervicais, mediastino, pulmões, fígado e ossos.

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